sábado, 22 de novembro de 2008

Normalidade

Existem códigos que regem a mesmice social. Um: todo romance me recorda que a média (anual) nacional de leitura é de 1,3 livro "per capita". E evitem-se os xingamentos aos brasileiros que não gostam de ler: todos iguais, todos iguais...

Nas conversas, amalgamam-se fofocas, xingamentos e intrigas. Quem assiste a aulas não se preocupa com o conhecimento: R$ 600,00 mensais, casa alugada e um Fusca 67 representam um ótimo futuro! No emprego, também não se demonstra o mínimo interesse por destacar-se, por bem cumprir as expectativas.

Traição e vingança crescem concretamente. Passarinhos verdes me alertam para a possibilidade de o amor não mais ter significado. Casais? Apenas na novela – e nela, toda a esperança. A paixão platônica transcendeu para robertomarinhônica. Pobres livros fechados...

Nos espaços públicos, notam-se esmolas que reciclam a vagabundagem. Graça e manutenção do preconceito. Jogam-se nas costas divinas as falhas múltiplas e a esperança de emprego; acorda-se meio-dia, sem a mínima intenção de suar. Rotina, rotina, rotina essa luta.

A mesmice humana - um moto-perpétuo social. O cidadão imita o vizinho até tornar-se alvo. Insaciável prazer de interpretar papéis que sequer permitem crítica: todos iguais, todos iguais... Uns mais iguais que os outros?

3 comentários:

Unknown disse...

Pois é, infelizmente é assim, a paixão "robertomarinhônica" já é - quase como um idealismo Hegeliano de vida - parte do cotidiano brasileiro,onde as pessoas se "identificam" e criam falsas esperanças romanceadas. O povo quando infelizmente caem sobre estas "redes domesticadoras" perde sua autonômia de pensamento. Lavagem cerebral, é só o que tenho a dizer. Valores de uma classe sendo estendidos a uma população explorada, para assim domá - las. É triste isso, saber que o povo está sobre a influência manipuladora da elite facista minoria e, feito macacos amestrados,e ainda sorriam para isso.

Anônimo disse...

pior, as pessoas gostam disso, gostam de ilusão e futilidade, de enganar-se, de tudo tão superficial e comercial. ("que vou provando o que aparece na frente, mas acredite ainda tem um vazio dentro de mim").

Anônimo disse...

rotina rotina rotina..
realmente
até a busca de alguns por tentarem ser diferentes, muitas vezes os tornam iguais.. iguais a todos..
Agora não to mto inspirada pra escrever, mais gostei bastante do que vc escreveu.. aliais, sempre gostei!.. foi isso que nos fez nos conhecer neh? =D
Saudades!..
vo deixar um site ai.. que as vezes eu posto.. qqr coisa neh =) vo te colocar aki em favoritos pra entrar mais vezes e ler o que vc escreve.. eu sempre gostei..

bjosss