quarta-feira, 29 de julho de 2009

Pessoas que falam demais realmente falam bobagens.

Textos do senhor Adilson Alves, publicados na Gazeta do Povo, soavam engraçadinhos. Contudo, por causa duma crítica (gratuita) a um dos grandes nomes nacionais da Linguística - ao Prof. Dr. Carlos Alberto Faraco -, deixarei de ler o senhor Adilson Alves - nome que lembra AA, sigla sugestiva para embasamento dos textos do colunista.

Faraco - mestre pela UNICAMP, doutor por Salford (Inglaterra) e pós-doutor pela University of California - emitiu opinião sobre a lei que obriga a publicidade a traduzir termos de outras línguas para o português. Como qualquer cidadão em sã consciência, hostilizou a decisão legislativa. A opinião pode ser lida aqui: http://portal.rpc.com.br/gazetadopovo/opiniao/conteudo.phtml?id=906103.

No que era pra ser comentário sobre a tese defendida pelo linguista, o simplório Adilsão elegantemente chamou o estudioso de velho e desocupado, além de indicar a leitura de uma obra que, com certeza, Faraco já estudara antes mesmo de Adilson Alves saber o que é um sintagma verbal (ou "descobrir" a Geração de 30). Essa ironias não soaram engraçadas, pelo menos não tanto quanto a argumentação utilizada por Adilsão. Reparando-se bem, os argumentos são os mesmos que Faraco utilizara - o que indica outra característica do pseudo-crítico: falta de criatividade. A baboseira se encontra em: http://portal.rpc.com.br/gazetadopovo/colunistas/conteudo.phtml?id=909045&err=&fal=1&opi=.

A pergunta, portanto, se conclui: por que alguém ridiculariza outra pessoa e não o posicionamento dela? Quem sabe, por ter notado um excelente texto de um estudioso que entende mais do assunto visado, que tem mais conteúdo e que apresenta dados estatísticos em vez de dizer que salame é de origem italiana.

Até parece que não há o Influenza para ser abordado. Senhor Adilson, que tal uma abordagem teórica sobre a filologia das palavras cotidianas ligadas à nova onda nacional?