segunda-feira, 30 de abril de 2007

Resolução dos Exercícios e dos Testes da Aula 02 - Extensivo.

Vocabulário:

1 Aramaico - indivíduo dos Aramaicos; tribos semíticas, que habitavam as regiões das embocaduras do Tigre e Eufrates; grupo de línguas semitas faladas nessas regiões; relativo aos Aramaicos; arameano.
2 Nórdico - do norte; designativo dos povos do Norte da Europa, da sua língua e literatura; norreno; natural ou habitante de país nórdico.
3 Atávico - produzido por atavismo (Reaparecimento, no ser animal ou vegetal, de características só existentes em ascendentes relativamente afastados; semelhança com os avós.).
4 Nômades - errante; vagabundo; que não tem habitação fixa; (no pl.) povos que mudam de região de acordo com as estações do ano, ou em função das necessidades de alimentação (caça, pastagens, etc.).
5 Ameba - amiba; protozoário unicelular aquático, que muda constantemente a sua forma através da emissão de pseudópodes, visível a olho nu e semelhante a um pequeno ponto branco opaco.
6 Paleolítico - primeiro período da era quaternária e da Pré-História, durante o qual apareceram os primeiros homens que trabalhavam a pedra (razão por que também é conhecido por Idade da Pedra Lascada); relativo ou pertencente a este período (como adjetivo, grafa-se com inicial minúscula).
7 Troglodita - membro de qualquer tribo pré-histórica, ou de um povo africano que vivia em cavernas ou construía moradas subterrâneas; pessoa que vive em habitação subterrânea; cavernícola; gênero de quadrúmanos como o chimpanzé; nome de certos pássaros dentirrostros, a que pertence a carriça; que vive em cavernas.
8 Irrefutáveis - que se não pode refutar; evidente; irrecusável.
9 Desígnios - intento; plano; intenção; propósito; destino.
10 Asfixiado - causar asfixia a; sufocar; abafar.

* a) O sentido mais adequado ao texto está em itálico nas definições acima.

* b)
1 - "com tempo, fez um homem mais bem-acabado, que se chamou de Mulher, que é 'melhor' nas línguas de tribos semistas."
2 - "Alguns povos do Norte da Europa cultivam o mito da Grande Ursa Olga,..."
3 - "cedendo a um incontrolável impulso explicado pela semelhança com o mito afastado,..."
4 - "Em certas tribos sem habitação fixa do Meio Oriente..."
5 - "que começou com o primeiro protozoário aquático unicelular..."
6 - "...o primeiro encontro entre os dois se deu na Idade da Pedra Lascada,..."
7 - "o homem ainda seria o mesmo tribal pré-histórico desleixado..."
8 - "para poder estudá-la mais de perto e julgo ter colecionado provas evidentes..."
9 - "Estão sempre combinando maneiras novas de impedir que se descubra que são alienígenas e têm propósitos próprios para nossa terra."
10 - "...eu for encontrado morto com sinais de ter sido carinhosamente sufocado,..."

Exercícios:

* 01) O texto metaforiza sete lendas sobre a criação da mulher. A primeira gira em torno da criação bíblica, segundo a qual a primeira figura feminina (Eva) veio de uma costela do primeiro homem (Adão). A segunda é uma figuração da teoria Adão versus Lilith (ambos criados do barro). Cita-se a mitologia grega (Zeus como criador da primeira mulher, Pandora); a natureza nórdica para a representante do sexo feminino; A quinta lenda apresentada é das tribos nômades do Oriente Médio. Posterior, aparecem a lenda do Extremo Oriente (as mulheres mulheres provêm diretamente do céu) e a hipótese de algumas regiões do Ocidente (a mulher como produto e serviço).

Obs.: notem que especifiquei, dentro da resposta, algumas das lendas. Esse procedimento não era obrigatoriamente necessário. O importante era citar de forma prática as sete teorias apresentadas nos dois primeiros parágrafos do texto. E perceba que o início "Todas essas lendas", do terceiro parágrafo, confirma que tudo que havia antes deveria ser considerado como lenda.

* 02) O texto pode ser classificado como jornalístico, humorístico e descritivo. A taxação de científico não cabe pois não há vocabulário técnico voltado a explicações (e a estudiosos) dentro de uma determinada área de pesquisa acadêmica. Dissertativo é equivocado porque não há preocupação em defender um ponto de vista através de uma argumentação acerca de uma opinião embasada.

* 03) As características dos três textos são, basicamente, as mesmas: objetividade, vocabulário abrangente mas preciso, referências externas, linearidade. O que difere é o fato de o jornalístico ter a possibilidade da iconografia e da tipografia; o humorístico causa subversão com sátiras e ambigüidades; o descritivo desenvolve detalhamentos.

Obs.: o exercício 03 pede a teorização do 02. Expressam-se algumas características mas não há a necessidade de discorrer sobre elas: o enunciado não solicita.

* 04) A mulher é posta o tempo todo como superior ao homem, sempre idealizada. Isso se confirma com afirmações como "fez um homem mais bem-acabado, que se chamou de Mulher"; com justificações da espécie de "cedendo a um incontrolável impulso atávico, nem que seja só para experimentar, na loja, e depois quase desmaiar com o preço" (note-se que o autor teoriza - através da ligação com a Ursa Olga - o porquê de a mulher gostar de peles); "é ridículo pensar que as mulheres também descendem de macacos" e a tese segundo a qual elas vêm de outro planeta pois são mais desenvolvidas que nós reafirmam a idealização do sexo-feminino.

* 05) No período destacado está implícita a Teoria do Evolucionismo, de Charles Darwin.

* 06) A resposta é muito pessoal. Não há um modelo específico a ser digitado. Contudo, cabe frisar que a sua opinião deve ser defendida com argumentos sólidos, embasados em dados, fatos e histórias (verdadeiras) do conhecimento geral.

Minha respota seria algo como "O autor acerta ao afirmar que os homens têm preconceitos com atitudes, das mulheres, que imitam o cotidiano masculino. Recentemente, um telejornal reportou uma moça que trabalha como coveira. A quantidade de homens contrários a ocupação dela ou que emitem piadinhas como 'desse jeito até quero morrer' é incrível - o que comprova a restrição masculina quanto à igualdade entre homem e mulher.".

* 07) Segundo o texto, a mulher continua na frente do homem. Ainda possue uma beleza, um encanto e uma inteligência que a deixa, nas palavras do autor, numa "civilização superior" - em que os homens pouco podem contra o enigma feminino. Ela, entretanto, tenta se igualar (discretamente) ao homem - mas não é bem recebida quando assim procede. Ela se esforça mas não consegue mudar a brutalidade masculina.

Obs.: percebam que a ausência da indicação de resposta pessoal obriga um discurso baseado no texto.

* 08) Para cada qualidade feminina, é apontado um defeito ou mesmo uma perjoração da igualdade. O homem é o rascunho; a mulher, perfeição. O homem é doente; a mulher, cuidadosa. Ela é vaidosa e fora do comum enquanto ele é selvagem e rotineiro-mundano. Ela é sempre idealizada; já o homem aparece como uma "mulher ruim", um ser em busca da perfeição do sexo oposto.

Obs
.: imaginem, aqui, uma tabela que opõe a qualidade feminina à imperfeição masculina.

* 09) A resposta correta é letra c. Note que, segundo a teoria do autor, o fim do homem é igual ao início: permanecer sozinho enquanto a mulher volta ao planeta natal. Há uma comparação entre origem e fim. A letra e está incorreta pois o texto não se limita à informação. Em nenhum momento há repetição desnecessária de idéias, o que torna a alternativa d também errada. A a e a b estão incorporadas na alternativa c.

Testes:

* 01) A somatória correta é 18 (02, 16). Segundo o enunciado, todos os brasileiros acreditam na possibilidade de um governo sério e, então, todos exigem medidas imediatas contra os políticos corruptos. As outras alternativas dizem justamente o contrário - 01, 04, 08 e 32 afirmam que apenas uma parte acredita no governo sério e exige mudança.

Reparem que a colocação entre vírgulas da oração "que acreditam na possibilidade de um governo sério" remonta à classificação de orações. No caso, trata-se de uma oração subordinada adjetiva explicativa. Adjetiva porque começa no pronome relativo que e porque caracteriza a oração principal ("Os brasileiros exigem medidas imediatas contra os políticos corruptos"); subordinada porque não existe por si só, depende da oração principal; explicativa porque, além de estar entre vírgulas, presta uma informação referente ao sujeito da oração principal ("os brasileiros").

* 02) A soma correta é 03 (01 e 02). A 04 está errada pois traz problemas gramaticais (passado no lugar de futuro em "tenha sido inútil"; concordâncias nominal e verbal em "o jogadores... tiver mais"). A 08 e a 16 mudam o sentido da frase original. A 32 ignora as regras de pontuação e também a semântica primária.

* 03) O ímplicito do texto é: com uma máquina de tripla função (televisão, telefone e computador), o ser-humano terá várias opções para substituir um programa inútil por uma atração de preenchimento cultural - seja em site, seja em ligações por videoconferência. Ou seja: continuará "burro" apenas quem quiser. Assim, apenas as alternativas 01 e 02 (03) completam o texto coerentemente. As demais contradizem o texto ("Pois nenhum cidadão tem o direito..."; "...não haverá..."; "...pois um computador selecionará o que é melhor para se ver": afirmações incoerentes ao texto).

* 04) Resposta correta: letra a. Na b e na c, os problemas são com o verbo haver: esse, quando significa "existir", não varia para o plural e, também, não permite que o verbo auxiliar varie. Portanto, "deve haver explicações" e "havia vários...". Na d, ocorre erro de regência verbal: o pronome oblíquo tônico lhe se usa com verbo transitivo indireto e "amar" é verbo transitivo direto; o correto seria a utilização do pronome oblíquo átono a ou o. Por último (e), "fazer" quando indica tempo transcorrido deve, sempre, ser grafado no singular: "Faz já vinte minutos...".

* 05) Em "Eu vi ele..." ocorre um erro de colocação pronominal ("ver" é verbo transitivo direto e exige como complemento um pronome oblíquo átono. Como o objeto visto é masculino, a forma correta é o - colocado antes da conjugação verbal vi.) definido por a) solecismo.

sexta-feira, 27 de abril de 2007

Resolução dos Exercícios e dos Testes da Aula 01 - Extensivo.

Exercícios:

Obs.: Para a resolução das quatro questões desse módulo, é indispensável uma leitura atenta dos textos "A Força da Galera" e "Geração Perdida". Naquele, a ISTO-É nos apresenta uma comparação entre o movimento estudantil dos anos 60, 70 e a "galera", grupo de estudantes de todo o país que saiu às ruas pedindo o impedimento do mandato do então presidente Fernando Collor de Melo (anos 90). Mesmo com um objetivo semelhante (protestar contra a situação política), os dois grupos possuem diferenças quanto à postura que assumem - a saber: aceitação ou não de partidos políticos, alegria e ódio, a falta de repreensão pesada.

Já na canção da cantora Daniela Mercury, as metáforas criadas giram em torno justamente daquela geração perdida, daquele grupo de intelectuais que pregavam a liberdade, que tentavam encher a sociedade de cultura. Ressalta a importância dos conflitos, a tentativa dos estudantes para mudar a situação mesmo quando pareciam seres abandonados em meio a tanto sangue. Porém, tudo isso passou... Passou.

Depois de interpretar os textos (e percebam que minha leitura para ambos foi super sintética), podemos concluir que:

* 1 - a resposta certa para esse exercício é a letra d. Os versos transpostos nessa alternativa (d) são, justamente, os que tratam de uma geração que "adormeceu" com o tempo mas que instantaneamente demonstra que os ideias de luta não morrem - pelo contrário - ainda doem no corpo e na mente. Nenhuma outra alternativa traduz esse ressurgimento.

* 2 - "A geração do nada / Que ressuscitou sem morrer" é uma metáfora para o movimento tido como sem ideais que voltou à ativa nos anos 90 por uma finalidade próxima à dos estudantes do passado: protestar contra a situação política. Então, a alternativa que responde corretamente a essa pergunta é a letra b.

* 3 - Resposta correta: c. Os versos (do texto 2) em evidência mostram que atitudes consideradas, no passado, inadmissíveis perderam esse caráter de ilegais e foram incorporadas à sociedade; talvez, cederam lugar para outras formas de protesto. O livre pensador não vai mais pra cadeia e as drogas não são mais sinais de revolta ou clandestinidade.

* 4 - A alternativa d é a correta. Nessa, o recurso estilístico encontrado é o pleonasmo poético (e as palavras estão todas no sentido denotativo). Em todas as outras há a metáfora (em a, "seu choro" está no sentido figurado; em b, a metáfora é "ressuscitou sem morrer"; c: "leite vermelho" é a metáfora; toda a frase da e está no sentido figurado).

Testes:

* 1 - A soma correta é 57 (01, 08, 16 e 32). A opção 02 está errada porque o narrador não questiona as lembranças que possue, mas sim a própria narrativa; a 04 contradiz a 08 (e esta está correta), pois as lembranças são incompletas e poucas.

* 2 - A soma correta é 54 (02, 04, 16, 32). A alternativa 01 está errada porque o próprio narrador deixa claro que não sente saudade: "Saudade? Não, não é isto:...". Grilos não costumam cantar na hora do almoço e, também, luzes apagadas não causam escuridão ao meio-dia: esses dados tornam a alternativa 08 errada.

Obs.: a leitura integral da obra era indispensável para a resolução desses testes.

* 3 - Aparentemente, todas as alternativas do exercício estão corretas. Contudo, repare que a única completa é a b, pois ela trata das duas questões expostas no texto: a má concentração política-econômica e a indisposição da elite por mudar essa situação (por comodismo e por falta de condições). As outras alternativas retratam apenas um desses espíritos ou tocam superficialmente na interpretação, como é o caso da c.

* 4 - A alternativa correta é a letra b. Segundo o texto, o Brasil não possui expressão econômica mundial - semântica que anula a a e a d. A c está errada porque sequer se toca, no texto, em pressão internacional. E a e peca porque traz os empresários como salvação da economia (e o texto prega o contrário).

* 5 - Alternativa correta: e. As demais propõem, erroneamente, que as elites são a fonte de mudança da situação econômica. No texto, está implícita a idéia de que todos os segmentos da sociedade devem participar da mudança - a força da população.

domingo, 22 de abril de 2007

A força das palavras.

* força do silêncio
(Humberto Gessinger e Duca Leindecker)

Pra que tanta inteligência?
Pra que tanta emoção?
Qualquer coisa em excesso faz sucesso meu irmão
Tanta gente com certeza
Quanta gente sem noção
Em excesso até o fracasso faz sucesso por aí
E eu tenho fé na força do silêncio

Se as cores vão berrando no sol ensurdecedor
Fecho os olhos… Outro mundo
Vou morar no interior
Transbordou a mesa ao lado
Um tsunami arrasador
Fecho os olhos… Outro mundo
Vou morar no interior
E eu tenho fé na força do silêncio

A fé que me faz
Aceitar o tempo
Muito além dos jornais
E assim mergulhar no escuro
Pular o muro
Pra onda passar

Vi um punk na farmácia atrás de protetor solar
Baile funk no plenário
Ambulância quer passar
Futebol, mesa-redonda, exorcista, camelô
A onda agora é outra onda
Um tsunami arrasador
E eu tenho fé na força do silêncio

(Áudio:
http://rapidshare.com/files/22030312/Humberto_Gessinger_e_Duca_Leindecker_-_A_For_a_do_Sil_ncio.mp3.htmlhttp://rapidshare.com/files/22030312/Humberto_Gessinger_e_Duca_Leindecker_-_A_For_a_do_Sil_ncio.mp3.html)

Dae cambada! Para os mais formais, Olá - queridos e queridas!

O espaço para: matar dúvidas; rever aquele exercício de tempos remotos; quiçá, promoção e debate. O blog em que impera a força do aprendizado, das palavras surdas, do silêncio.

Vale a pena ter grande alma para que tudo tenha valor. A onda que carrega a massa de iguais, que oferta o assistencialismo (barato), que discrimina palhaços no circo da vida, que estende (e também a que procura) o remédio errado - essa onda aqui não tem espaço.

Sem interesse nas contradições insustentadas, nos surfistas da onda-povo, na tsunami da crueldade e da semente ignorante, inculta, incapaz. Todos esses elementos só indicam o que deve ser atacado. E como soa ridículo que no país da diplomacia ninguém dê ouvidos às palavras de poucos e sábios pensadores. Ao fim, a história termina com o vilão Todos.

Bem-vindos ao mundo do silêncio. A quietude programada. À transmutação da teoria política de Gandhi. À tentativa de ajudar. (Participem!)