sexta-feira, 13 de julho de 2007

Um futebol (e o esporte) contraditório

Eu lamento pela (não)educação do povo brasileiro. Ao desprezarmos argentinos, essa atitude só poder relacionar-se com futebol. Quanto à instrução, superam-nos em anos-luz. A média de leitura de cada povo já sugere uma conclusão triste: para o 1,8 livro anual do brasileiro, los hermanos lêem 6,5. O número de livrarias de Buenos Aires é maior que a quantidade de livrarias de todo o Brasil. Ou seja: derrota tupiniquim.

Vaiar não melhora nada. Se a vaia ocorrer fora de contexto, além de não ajudar, subseqüentemente cria uma imagem muito terrível. Custa ser inteligente? Custa buscar informação? No meio de uma manifestação esportiva, em que várias delegações se misturavam em clima social, num evento em que o Bush e Chavez nos pouparam de suas desastrosas presenças - o que significa (senão burrice) assobiar e pensar "nossa, estamos protestando"?

Desgraçadas, também, foram as manifestações anti-Pan. Nessas aglomerações, os assuntos giravam em torno de "Bush no Iraque" e da "ressurreição de Zapata". Tais assuntos interferem, diretamente, no Brasil? Como se não bastasse o momento errado, os ideais também o são. Primeiro: se nós nos voltarmos a nossas invasões endógenas (morais, físicas e espirituais), então ocasionaremos progresso. Segundo: precisamos de um herói nacional (o México é um pouco longe). Não vejo uma santa alma com intuitos verdadeiros na frente do Planalto. Mas quando há um evento interessante, que traz certa alegria para o povo e denota a superação de atletas brasileiros - que treinam sem incentivo federal - espectadores iniciam uma vaia que será estampada no mundo inteiro: "O Pan dos sem educação". Francamente.

Há quem apóie a vulgar atitude. Afirmam: "Baixa moral do presidente". Que desinformados! E se ele presta (ou não) para o Brasil, o melhor lugar para analises é uma urna (não um estádio). A grande inversão: na arquibancada acham que refletem; nas eleições, que se alegram. Sensações alteradas em horas erradas. Mas a educação sempre no mesmo nível: zero.

Um comentário:

Anônimo disse...

Mozer...
Estou com você e não abro!
Tirou da minha boca todas as palavras!
O povo so sabe o que quer nesses momentos[errados diga se de passagem] e deveriam falar isso ante a urna!
lamentável!!!


bom texto
bjos