quarta-feira, 23 de abril de 2008

Livre concorrência(?)

"Desconsideremos" o Renmin Dahuitagn: são dez mil lugares. No Brasil, ele representaria um absurdo cultural, econômico e político. Todavia, temos teatros de que podemos, sim!, orgulhosamente tratar.

O Teatro de Manaus é uma sala centenária com capacidade para 701 pessoas. Construído à época do Ciclo da Borracha, traz arquitetura clássica: ogivas altas e teto abobadado. Em cada parede, homenagem a importantes nomes da arte (Mozart, Carlos Gomes, Ésquilo, Aristóphane...). Abrange a Companhia de Dança, o Coral e a Orquestra Filarmônica do Amazonas.

Em São Paulo, saliência para o Teatro Municipal. Casa da Semana da Arte Moderna (1922), seu aspecto civil segue a Opéra national de Paris. Foi inaugurado em 1911 com uma sessão de "Hamlet" - ópera de Ambroise Thomas. Comporta de 1500 a 1600 espectadores e, dentre seus projetos, destaca-se a Orquestra Sinfônica Municipal de São Paulo.

Uma contagem interessante está nos Pampas. Dos trinta auditórios nacionais com capacidade superior a mil poltronas, sete são gaúchos: Auditório Araújo Viana; Teatro do SESI; Teatro PUC; Teatro da UFRS; Teatro Guarani; Teatro da OSPA; Teatro do Bourbon Country. Em todos, programação exemplar. Curiosidade: antes da última reforma por que passou, o Auditório Araújo Viana possuía capacidade para três mil pessoas!

... espaços curitibanos? Famosa pelo seu Festival de Teatro, Curitiba apresenta duas das mais completas salas do Brasil: o poderoso Guaíra - construído em arquitetura moderna, cuja sala principal (Bento Munhoz da Rocha, o "Guairão") foi fundada em 1974 e comporta 2173 pessoas; o Teatro Positivo - edificado em traços os quais remontam ao maravilhoso Teatro Epidaurus (Grécia, séc. IV a.C.), possui 2400 lugares e é o maior teatro do Paraná. Essa "concorrência de gigantes" será muito cultural para a capital paranaense.

Faltam linhas para o Teatro Guararapes, o Teatro Castro Alves, o Teatro Nacional Claudio Santoro... Outras importantes salas que embelezam o cenário scenicu do Brasil. Individualmente, estamos longe do Renmin Dahuitagn; juntos, entretanto, contabilizamos bem mais que um-bilhão-e-alguns-milhões de chineses: brasileiro sempre deve ser multiplicado por dez...

9 comentários:

Marina disse...

Patriota que dá gosto esse guri!

Veiga disse...

e o municipal do RJ?

¬¬

Euzer Lopes disse...

Embora o que eu vá escrever aqui nada tenha a ver com seu texto, ler sobre teatros me fez viajar...
Adoro teatro. Principalmente as comédias. Sinto uma força grande daqueles atores fazendo graça até do que não tem graça. E a gente alimentando sua graça com risos muitas vezes engraçados.
Não esqueço Eva Todor, impagável, em "Como se tornar uma Super Mãe em dez lições" (1984) agigantar-se no palco e fazendo com que cada um dos muitos naquela platéia se sentisse um pouco "seu filho". Essa é a magia do teatro. A gente fazer parte do cenário. Com nossas risadas, nossas lágrimas, nossas emoções e, principalmente, nossos aplausos.

Simone Petry disse...

legal né... teatros maravilhosos vc citou. Mas tem uns pequenininhos tão maravilhosos pra quem faz arte... o Teatro da Lapa, da nossa Lapa, é tão lindo... elizabetano... cheirando a Shakespeare. Comporta os pequenos frascos de perfume raro rs

Anônimo disse...

Há pequenos sim! Mas não foi sobre eles que eu quis escrever...

Simone Petry disse...
Este comentário foi removido pelo autor.
Simone Petry disse...

eu entendi seu texto Mozer. Foi só um devaneio meu, aproveitando o teu dito neste espaço. Tomo o início do comentário do Euzer emprestado: "Embora o que eu vá escrever aqui nada tenha a ver com seu texto, ler sobre teatros me fez viajar..."

abraço

Unknown disse...

Oi Mozar, infelizmente me sinto a margem de sua postagem. Gostaria de ir mais aos teatros.

Quem sabe agora é o começo de uma vida mais cultural? rs

^^
com carinho
Chris A.
Paz e Luz

Anônimo disse...

Eu entendi, Simone, e faço - por isso - minhas as suas re-palavras!