A última conta? Há trezentos e sessenta e seis dias. E a data do aniversário assassina vários acontecimentos. Presentes, simples que sejam, apagam um bocado de dados do último ano. Exemplos.
Prendeu-se o traficante Juan Carlos Abadia. Julgaram-se - e condenaram-se - uns quarenta políticos ligados ao caso "Mensalão". Os líderes da Igreja Renascer, Estevam e Sonia Hernandes, receberam voz de prisão nos Estados Unidos. Salvatore Cacciola foi detido em Mônaco.
O Superior Tribunal eleitoral proibiu a "infedelidade partidária". Um qualquer padre e ex-interno da Febem se atritaram - suposta pedofilia. A Petrobrás descobriu novas fontes de petróleo. A "oposição" derrubou a eterna CPMF que a "situação" tencionava. Quadros de Picasso e Portinari sumiram; felizmente, reapareceram intactos.
Parte da polícia nacional se envolveu na morte de inocentes. O REUNI foi decretado, o que causou discussão social acerca do futuro das universidades públicas. Isabela, coitada, "caiu" da janela do seu apartamento. A corrida para decidir quem representaria o Partido Democrata nas eleições estadunidenses atingiu a comicidade.
Guga anunciou a aposentadoria em relação às quadras. Ricardinho deixou de ser o levantador oficial da seleção de vôlei. Marta novamente se sagrou a melhor boleira do mundo. Na China, esquisitas três medalhas de ouro tupiniquins. Houve escândalo entre famoso jogador e travestis. A seleção brasileira de futebol deixou de encantar.
Mas os presentes do aniversário continuam na mesa. Tamanha dispersão: não-freudianamente, esqueci-me de listar um monte de acontecimentos. Que Dalton Trevisan não leia este post: torço para que O maníaco do olho verde ganhe muitos prêmios.