segunda-feira, 26 de janeiro de 2009

Verbo esquisito (sinonímia aceita)

Dia 23 de dezembro, Globo News: "Câmera flagra moradores de rua sendo incendiados no ES". As imagens demonstravam que a desgraça está manutenida no país.

Incendiar pessoas se tornou prática. Basta lembrar o índio Galdino. Os agressores dele, neste momento, queimam churrasquinho - a influência política salva. A proteção, porém, pode ocorrer às avessas. Imagine um jovem que deve ao traficante. Queimá-lo: uma forma de pagar o descrédito?

Pneus queimando no asfalto. Bebedeira e direção se confundem. Por isso, auê quando se começou a severamente usar o bafômetro. Se pesa no bolso, o pessoal pensa um pouco. Mas só um pouquinho, já que a caipirinha evita "queimar a cara".

A polícia abriu fogo duvidosamente. Impunidade corre solta: o principal policial do caso João Roberto foi absolvido. Segundo o advogado do batalhão, Nélio Andrade, "Ele estava no estrito cumprimento do dever". Não se queimou, o homem da lei, com o pelotão.

Saudades de quando o "Fogo!" era de mentirinha, em filmes e desenhos. Saudoso comportamento correto que nunca presenciei. Às vezes, penso em parar de ler os periódicos; outras, não; de quando em vez, taco fogo nos jornais.

2 comentários:

Anônimo disse...

boa ironia, tacar fogo no jornal!
Bem.. a muito tempo mamae ja dizia "quem mexe com fogo, faz xixi na cama". Bem, pode ser simples, mas antes isso ensinasse as pessoas a realmente nao "brincarem" com fogo..
É triste como o mundo se encontra,..lamentavel.
Bom post, bom assunto
Beijos ;)

BihMiru disse...

Fogo não é necessário. Necessita-se de muita, MUITA água, este país está imundo!