Improvisos provêm de árduo estudo. No jazz, músicos treinam bastantes escalas antes de, "no susto", criarem (maravilhosas) melodias. Assim, na comédia: improvisada na técnica tradicional, a piada se torna arte.
Rir mexe com sabe lá quantos músculos. Talvez, deixe mais bonita a pessoa. Quando dói a barriga: gargalhadas conseguiram recuperar o dia perdido. Momentos em que o sono não poderia ter aparecido: sorrisão de repente desperta até encarnações anteriores. Trata-se da magia do bom humor.
Sofri críticas por ser pedagogicamente lúdico. A beleza de um aprendizado sorridente, não obstante, supera os comentários insustentáveis. Sem argumentação, as broncas: na literatura, inúmeros casos de bons escritores dedicados ao humor. Por que, então, mudar a didática para um sistema carrancudo?
Não vejo graça em perder o cômico acaso - e abro um Verissimo. Piadinha inteligente sempre vai bem. E chato, sim, quem não admira humor "sagaz". Irrita interpretação negativa a brincadeiras com alguém público. Como se humorista precisasse de autorização, de licença.
Jazz e humor são, realmente, qualidades inquestionáveis. Naquele, com escalas perfeitas; neste, com assuntos de uma época. A população deveria atentar mais a ambos. Mas sentar em praças para uma zorra soa mais legendário. Fora - a inteligência de muita gente - jogada pela janela?