NO Evangelho segundo Jesus Cristo, Saramago humaniza Jesus. Dores e líbido cercam o Messias. Obviamente, os cristãos criticaram a obra. Este post também será alvo de censuras.
O politeísmo não acabou. Houve reformulações. A crença católica confirma: santos no lugar dos deuses gregos. E assim como estes, aqueles possuem funções específicas. Um para casamento; outro para chuva; cada país com o seu. Atena interveio no destino de Odisseu; os homens atuais (solitários, em alguns momentos, igual ao Ulisses) crêem nos santos para conseguir amor ou colheita.
A Santíssima Trindade é outro sinal de não-monoteísmo. Entidades diferentes? Circunlóquio, três: crenças diversas. Deus, Espírito Santo e Jesus comportam "etapas" diferentes; Posseidon, Hades e Zeus formavam divisão "sintática". Semelhanças entre pagãos e cristãos, de novo: duas trindades divinas?
Deus, assim como de Zeus se sabe, é inquestionável. Conseguiram essa classificação sob imposições. Zeus se sobressaía perante seus próprios comandados; Deus, à cobiça do demônio. Há cultos, músicas e festas para os dois. O vinho após as batalhas gregas; o sangue no primeiro domingo do mês. As odes após as batalhas gregas; os testemunhos cristãos subseqüentes a uma benção. Tudo em público, claro.
O post não visou à verdade. Todavia, não custa repensar certas estruturas. Cada ser humano deve ter suas crenças. Acreditar é importante - seja no metafísico, na liberdade, no não... O que não pode é pôr fé na ignorância. Não, não.